Senado: Oposição decide obstruir votações até instalação da comissão especial do impeachment

Os senadores da oposição decidiram obstruir as votações no Plenário até a instalação da comissão especial do impeachment na Câmara dos Deputados. Por decisão do Supremo Tribunal Federal, o colegiado terá que fazer uma nova eleição dos integrantes. Mas os parlamentares do Senado e da Câmara pedem uma definição após a divulgação da suposta delação do senador Delcídio do Amaral, do PT de Mato Grosso do Sul. Ele teria dito que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras. Os oposicionistas vão incluir essas acusações no processo de impeachment. O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima, da Paraíba, declarou que a solução das crises política e econômica passa pela comissão do impeachment. “O Brasil está paralisado com desemprego crescente, inflação em alta, falta de assistência na saúde. E a oposição vai buscar uma solução para o Brasil através do impeachment. Para que a comissão do impeachment seja instalada, já há mais do que tempo suficiente para que isso tenha ocorrido, nós vamos impedir as votações no Congresso até que essa comissão seja instalada como busca de solução para o Brasil”, declarou.
O líder do PT, senador Paulo Rocha, do Pará, afirmou que mobilizará toda a base aliada para impedir a obstrução. “A base do governo vai ter que se mobilizar para assegurar a sua maioria política e fazer funcionar o Congresso uma vez que o Brasil não pode parar. Mesmo com a polarização política, o Congresso tem que ajudar o País a sair da crise econômica e buscar para os problemas do País”.
Na pauta, estão duas medidas provisórias que perdem a validade se não forem aprovadas nesta quarta-feira. A primeira trata de isenção fiscal nos Jogos Olímpicos e a segunda se refere à reforma administrativa do governo federal, com extinção e unificação de ministérios e secretarias.

print