Iniciam as festividades juninas em Nonoai e Rio dos Índios

A primeira sexta-feira do mês de junho marca o início das comemorações festivas relativas ao mês. Neste ano em Nonoai, a comunidade Apaeana será a primeira a sediar o evento. Conforme a Diretora da Apae, Ivani Vassoller, a festa será realizada hoje na Cripta da Igreja Matriz de Nonoai a partir das 18 horas.
Seguindo o calendário de eventos do município de Nonoai, na próxima sexta-feira (10) será a vez da Escola Jair de Moura Calixto a realizar o seu tradicional evento. Dia 18 a Escola de Educação Infantil Avelino Mattiello e dia 24 a festa fica por conta da Escola Andorinhas. Para encerrar as festividades, dia primeiro de Julho a Escola Maria Dulcina estará realizando a sua festa julina.
Já em Rio dos Índios a primeira Festa Junina será realizada nesta sexta-feira, (03). O evento inicia às 18h30min no Ginásio de Esportes.

Festa Junina Nonoai
Preparação para a festa em Nonoai

História das Festas Juninas
As festas juninas homenageiam três santos católicos: Santo Antônio (no dia 13 de junho), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). No entanto, a origem das comemorações nessa época do ano é anterior à era cristã. No hemisfério norte, várias celebrações pagãs aconteciam durante o solstício de verão. Essa importante data astronômica marca o dia mais longo e a noite mais curta do ano, o que ocorre nos dias 21 ou 22 de junho no hemisfério norte. Diversos povos da Antiguidade, como os celtas e os egípcios, aproveitavam a ocasião para organizar rituais em que pediam fartura nas colheitas. “Na Europa, os cultos à fertilidade em junho foram reproduzidos até por volta do século 10. Como a igreja não conseguia combatê-los, decidiu cristianizá-los, instituindo dias de homenagens aos três santos no mesmo mês”, diz a antropóloga Lucia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

O curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses também faziam importantes rituais durante o mês de junho. Apesar de essa época marcar o início do inverno por aqui, eles tinham várias celebrações ligadas à agricultura, com cantos, danças e muita comida. Com a chegada dos jesuítas portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso dos festejos juninos se fundiram. É por isso que as festas tanto celebram santos católicos como oferecem uma variedade de pratos feitos com alimentos típicos dos nativos. Já a valorização da vida caipira nessas comemorações reflete a organização da sociedade brasileira até meados do século 20, quando 70% da população vivia no campo. Hoje, as grandes festas juninas se concentram no Nordeste, com destaque para as cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

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