O relato do agricultor Irineu Tremea, morador de Linha Fátima, interior do município de Rio dos Índios, traz a tona uma preocupação dos produtores de milho da região de Nonoai. De acordo com ele, mesmo com a aplicação das doses de fungicida, o ataque da lagarta no cartucho do milho continua em plena atividade, provocando prejuízos nas lavouras. “A área de 20 hectares foi plantada no final do mês de Agosto,” disse.
Segundo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nonoai, Adão Mouras, o ataque da lagarta no cartucho do milho vem sendo registrado em várias propriedades da região. “O inverno com pouca chuva está sendo apontado pelos agrônomos como o principal fator da proliferação da lagarta. Mas o fato é que os produtores pagaram por uma tecnologia que não apresentou resultado. Nos próximos dias queremos debater com os representantes destas marcas como ficará a situação do produtor diante aos prejuízos”, enfatizou. O presidente revelou que mesmo com a aplicação do defensivo, o ataque se mantem ativo.
A lagarta do cartucho é a principal praga para os produtores de milho no Brasil, está presente em todas as regiões e, embora o nome esteja relacionado com seu alojamento no cartucho, essa lagarta pode atacar todas as partes da planta, inclusive a espiga do milho.
Esse ataque impossibilita que as sementes possam ser utilizadas em plantações, e o uso de defensivos agrícolas tradicionais torna-se ineficaz, pois não consegue alcançar suas larvas.