O sol predomina no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira com períodos de céu azul, mas parte do dia deve ter a presença de nuvens esparsas, especialmente na Metade Norte. Não se descarta chuva muito isolada da tarde para a noite no Norte e no Nordeste do Estado, em regiões como os Aparados da Serra e o Alto Uruguai.
O tempo aberto na madrugada favorece um maior resfriamento e o amanhecer será ameno e com chance de neblina localizada em pontos do Sul e do Leste do Estado. A tarde, por sua vez, será de calor na região.
Quase todo o Rio Grande do Sul teve um janeiro com chuva acima a muito acima das médias históricas, conforme a localidade, padrão que se manteve na primeira metade de fevereiro agora. Esta semana, contudo, marca o começo de um período em que ocorre uma diminuição dos índices de precipitação no Estado.
Há uma inclinação por se pensar que sob La Niña há estiagem e havendo El Niño haverá muita chuva, mas a equação da previsão de precipitação envolve muito mais que a situação do Pacífico. Há outros fatores que influenciam a chuva. Um dos principais responde pela sigla OMJ, ou Oscilação de Madden-Julian. É área de maior instabilidade atmosférica que dá volta ao redor do mundo pelos trópicos a cada 30 a 60 dias.
Quando a OMJ passou pelas nossas longitudes da América do Sul em janeiro e no início deste mês houve um substancial aumento da chuva no Rio Grande do Sul. Agora, após a oscilação intrasazonal avançar para a África e de volta ao Índico, a chuva diminuiu. E as projeções que novo pulso da OMJ somente passaria novamente pelas nossas longitudes na segunda metade de março.
Por isso, a perspectiva é que neste final de fevereiro e na primeira quinzena de março haja uma redução da chuva no Estado. Não vai deixar de chover, mas choverá com menores frequência e volumes na maioria das cidades. Na segunda metade de março, a chuva no território gaúcho poderia voltar a ter um aumento em intensidade e frequência.