A Polícia Civil de Ronda Alta, no Norte do Rio Grande do Sul, voltou, nesta quinta-feira (22), ao local do incêndio que vitimou quatro indígenas na madrugada de quarta (21). Os agentes ouviram testemunhas do caso e também pessoas que acompanharam as vítimas até a cadeia da reserva Terra Indígena da Serrinha, onde estavam presas por perturbação, conforme as tradições da comunidade.
Um dos ouvidos foi o indígena apontado, inicialmente, como sobrevivente do incêndio na prisão. Em depoimento ao delegado Leandro Antunes, o homem disse que não chegou a ser detido.
“Apuramos que foram presas apenas as quatro pessoas que morram no incêndio. O indígena que teria sido preso e saído da cadeia prestou depoimento e afirmou que não foi preso, pois, em razão do seu estado de embriaguez, foi dormir antes da chegada da liderança e não presenciou as prisões”, disse o policial.
O cacique e os integrantes da comunidade que efetuaram as prisões serão ouvidos na semana que vem, conforme solicitação do advogado, disse Antunes.