A Polícia Federal (PF) cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Jaguarão, na Região Sul do estado, na manhã desta sexta-feira (1º), para coletar provas que ajudem em uma investigação contra postos de combustíveis suspeitos de formar cartel na cidade.
Foram alvo dos policiais seis postos de combustíveis, dois escritórios associados a dois desses postos e oito residências que pertencem a proprietários e gerentes dos estabelecimentos. Houve a apreensão de celulares, computadores, documentos e uma arma de fogo. Ninguém foi preso.
A investigação começou em 2019, quando uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Jaguarão encontrou inconsistências nos preços dos combustíveis praticados por revendedores na cidade.
Hoje, o litro da gasolina chega a R$ 7,30 na cidade. De acordo com o delegado Marcelo Tadiello, “diligências realizadas e análise de informações apontaram a possível prática ilegal de cartel”.
“As buscas executadas na manhã de hoje têm por objetivo a coleta de documentos e dados que reforcem o conjunto de indícios já obtidos e que possam trazer novos elementos à apuração”, diz Tadiello.
Ele explica que a formação de cartel, considerada como uma conduta anticompetitiva, ocorre quando as empresas formam um acordo para combinar os preços de venda de um determinado produto com o objetivo de eliminar a concorrência entre elas e, com isso, gerar o aumento dos preços. A prática configura crime com previsão de pena que pode chegar a cinco anos de reclusão.
O material apreendido deve ser analisado nos próximos dias. Na tarde desta sexta, a PF interrogava pessoas que poderiam ajudar na investigação.
