Condenados por acidente de ônibus escolar em Erechim são considerados foragidos após decisão do STJ

Estão foragidos o motorista e um dos empresários condenados pelo acidente com um ônibus escolar que matou 17 pessoas em Erechim, em 2004. A tragédia, que completa 18 anos no dia 22 de setembro, vitimou estudantes e uma monitora. O veículo caiu em uma barragem no interior do município, sendo que 16 pessoas sobreviveram.

O motorista foi condenado a nove anos de detenção após julgamento em 2017. Já os empresários foram condenados a seis anos cada e um deles se apresentou no início do mês de agosto para cumprir a pena no Presídio Estadual de Erechim. O outro entrou com pedido de Habeas Corpus, que teria sido negado pelo Tribunal de Justiça.

Os três foram considerados culpados de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Os mandados de prisão foram expedidos pela Vara de Execução Criminal de Erechim após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O laudo da perícia apontou que o ônibus estava acima do limite de velocidade, que houve falhas de manutenção e que as condições da estrada eram ruins.

Vara Cível

Em 2011, na esfera cível, Corsan, prefeitura e os proprietários do ônibus foram condenados a pagar indenizações que somavam R$ 14,8 milhões, até então, a maior indenização por danos morais da história do judiciário gaúcho. Para encerrar o caso, a Corsan e os familiares das vítimas resolveram fazer um acordo e o valor da indenização caiu para R$ 12,5 milhões. A grande maioria usou o dinheiro comprar uma casa longe do Povoado Argenta, já que continuar vivendo no local levava a reviver a tragédia dia após dia.

 

Por: jornal Bom Dia
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