Demanda da agricultura familiar para dar fôlego à atividade depois das enchentes, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural prorrogou, a partir desta segunda-feira (13), o prazo de parcelas de financiamentos do Fundo Estadual de apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). A prorrogação é por 90 dias e será de parcelas de operação de créditos com vencimento em maio, junho e julho deste ano.
De acordo com a pasta, todos os agricultores atendidos pelo Feaper serão beneficiados com a medida. No entanto, aqueles localizados em municípios com estado de calamidade pública decretado pelo Estado terão suas parcelas prorrogadas enquanto perdurarem o ato normativo excepcional. Ou seja, a medida poderá ser estendida.
Na avaliação do presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, “o pedido foi atendido e atende às demandas do setor”.
— Agora, nos próximos meses, vamos discutir a isenção dessas parcelas até o final do ano para que o produtor consiga se reestruturar — adiantou o dirigente.
Ronaldo Santini, secretário de Desenvolvimento Rural e presidente do Conselho de Administração do Feaper, reforçou que não serão medidos esforços para auxiliar a população afetada:
— Essa é uma dentre diversas medidas de auxílio que vamos prestar aos agricultores familiares no período que se avizinha.
Nesta segunda, em Brasília, Silva também reforçou o pedido de financiamento de reconstrução, já anunciado pelo governo federal. Para a Fetag-RS, o subsídio mínimo deveria ter 25% por família
O Feaper é um fundo do governo do Estado que fornece financiamentos mais subsidiados do que bancos. Levantamento atualizado da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima prejuízo de R$ 1,71 bilhão na agricultura e na pecuária do Estado em razão das enchentes.
