Criado em 2012 pelo Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo para receber denúncias de irregularidades em campanhas, o aplicativo “Pardal” foi adotado nacionalmente este ano e registrou, entre agosto e setembro, quase dois milhões de downloads e mais de trinta e duas mil denúncias, em todo o Brasil.
O secretário de tecnologia da informação do Tribunal Superior Eleitoral, Giuseppe Janino, relata que o aplicativo torna o eleitor um fiscal. “Por exemplo, é vedada, por lei, a utilização de outdoors, então, um eleitor, por meio desse aplicativo, registra, por meio de foto, por filmagem, por gravação; a aplicação recebe, agrega a essa foto, informações georreferenciadas, ele se identifica e envia. Automaticamente, isso cairá para análise do Ministério Público e do juiz eleitoral.
O “Pardal” é um dos 12 aplicativos para celular desenvolvidos para as eleições deste ano. Dois deles são voltados para servidores da Justiça Eleitoral, um é para uso dos mesários e os outros nove estão à disposição do eleitor. No app “Candidaturas”, por exemplo, é possível encontrar informações sobre os quase quinhentos mil concorrentes a prefeito e vereador, bem como planos de governo, bens pessoais e prestações de contas.
O eleitor pode, inclusive, “favoritar” um determinado candidato para acompanhar seu desempenho. Outros dois aplicativos são voltados para a apuração dos votos: o app “Resultados”, e “Boletim na mão”.
Os aplicativos “Pardal”, “Candidaturas” e “Resultados” têm versões para Android e IOS. A lista completa de apps da Justiça Eleitoral está disponível no portal tse.jus.br.