Três poderes irão atuar de forma conjunta em Plano de Segurança Pública

Num encontro de quatro horas, os representantes dos três Poderes ouviram um diagnóstico da segurança pública no País e apresentaram sugestões. Ficou decidido que o novo plano nacional de segurança pública focará na redução dos assassinatos e da violência contra a mulher, na modernização do sistema penitenciário e no combate aos tráficos de pessoas, drogas e armas e contrabando nas fronteiras.
O presidente Michel Temer anunciou a criação de um grupo de trabalho com representantes dos 3 Poderes e do Ministério Público. A cooperação, segundo ele, evitará o desperdício de recursos públicos em momentos de crise. Baseado em decisão do Supremo Tribunal Federal, Temer anunciou recursos para o sistema carcerário. “Já liberamos R$ 780 milhões. E o Fundo de Segurança Pública será usado para o aprimoramento e a construção de penitenciárias”.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que a segurança pública passa a ser prioridade de todos os Poderes. “Temos propostas no âmbito do Legislativo, do Judiciário, do Executivo e da Procuradoria-Geral da República abrangendo temas como drogas, armas, fronteiras, crimes, processos e Código Penal”.
O presidente do Senado, Renan Calheiros do PMDB de Alagoas, defendeu a investigação de denúncias de que o crime organizado teria bancado campanhas de políticos. Para ele, a reunião sobre segurança deve ser permanente. “A reunião foi muito boa, produtiva e precisa ser repetida”.
O plano será anunciado após o aval dos governadores. Além de Renan Calheiros, participaram da reunião os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia do Democratas do Rio de Janeiro; do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia; o procurador-geral da República, Rodrigo Janot; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia; o diretor da Polícia Federal, Leandro Daiello, além de ministros das Forças Armadas.

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