Senado deve votar reforma política na próxima semana

O primeiro turno de votação no Plenário da Reforma Política está marcado para 9 de novembro. A proposta acaba com as coligações partidárias para deputados a fim de impedir a eleição de candidatos sem votos e institui a cláusula de barreira para reduzir o número de legendas. Um dos autores, senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, avalia que o aumento das pessoas que não votaram, 7 milhões no segundo turno, ou 22% do eleitorado, demonstra a necessidade de aprovação de mudanças no sistema eleitoral. “É a resposta do Congresso Nacional a essa situação inexplicável para nós políticos e incompreensível para a população brasileira de termos mais de 30 partidos hoje disputando eleições no Brasil: negociando tempo de televisão e se apropriando do Fundo Partidário. Acho que é um sinal absolutamente claro, necessário e urgente que o Senado deverá dar e a Câmara dos Deputados, em seguida, à sociedade brasileira”.
A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, minimizou o resultado desfavorável ao partido, que perdeu mais de 60% das prefeituras que comandava, e elegeu um único prefeito de capital, Rio Branco, no Acre. Ao também destacar o aumento da abstenção, ela defendeu uma reforma política. “Era um processo já esperado por parte do PT depois de uma campanha tão grande contrária ao partido e de uma campanha de tanto desgaste e de criminalização da política, acho que os eleitores responderam nas urnas tendo um voto mais conservador e tendo um desprezo pelo processo eleitoral porque tivemos uma grande quantidade de votos nulos e abstenções, de pessoas que não foram votar. Isso é preocupante para a política”.
A proposta também cria a Federação de partidos, uma coligação das legendas que não alcançarem a cláusula de barreira. Essa união deverá durar por 4 anos.

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