Planalto: Após assumir morte de filho, mulher se torna suspeita de assassinar ex-marido

O caso que marcou o norte do Estado do Rio Grande do Sul no ano de 2020 teve mais um capítulo importante nesta semana. A morte do menino Rafael Winques, em Planalto, fez com que surgissem novas dúvidas sobre a sua mãe, Alexandra Dougokenski.

Em fevereiro de 2007, José Dougokenski, de 32, pai do irmão mais velho de Rafael Winques, supostamente teria tirado a própria, na casa onde residia, em Farroupilha. Na época, o caso foi investigado e arquivado, por se tratar supostamente de um suicídio.

Sobre o suicídio

Na noite em que José foi localizado, apenas Alexandra e o filho de três anos na época estavam na residência com a vítima. A vítima teria sido encontrada enforcada.

Desarquivamento

A advogada criminalista, Maura da Silva Leitzke, mestre em Ciências Criminais relatou à Rádio Planalto News, que a família Dougokenski solicitou para que seja reaberta a investigação. O sobrenome Duogokenski, Alexandra herdou do primeiro marido, José Duogokenski, de 32 anos, pai do irmão mais velho de Rafael Winques.

Os familiares querem esclarecer o caso do suposto suicídio, já que há diversas semelhanças entre as mortes de José e Rafael.

A família contratou um perito particular e um novo laudo dá outra versão aos fatos ocorridos na residência do casal em 2007. O laudo da perícia apontou nove pontos que podem mudar a história da morte de José.

Alexandra contou que ao ver o marido morto, subiu na cama, pegou o corpo de José e cortou a corda que havia sido atada ao seu pescoço. O responsável pelo laudo pericial acredita que pelo porte físico de Alexandra, ela não conseguiria fazer isso.  Na reconstituição da morte do filho, a mulher não conseguiu carregar o boneco que simulava Rafael Winques e que pesava 40 quilos. José, quando morreu, pesava 90.

Ainda segundo o perito, outra dúvida apontada diz respeito aos lençóis brancos estendidos sobre a cama no local onde José teria se enforcado. Fotos da perícia mostram o homem com os pés sujos. Alexandra também teria subido na cama, porém, segundo a perícia, não havia marcas nos lençóis.

Em mais uma dúvida levantada pela perícia, o laudo produzido diz que José estaria embriagado na noite onde foi encontrado morto. Para o perito contratado pela família, bêbado como José estava, não teria condições para planejar e executar toda uma sequência de ações antes de ter se suicidado.

O pedido de Reabertura do caso, foi entregue em Farroupilha, na última segunda-feira dia 6.

 

Por: In Foco

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