Caso Henry Borel: Laudo aponta 23 lesões por ‘ação violenta’ no dia da morte do menino

O laudo da reconstituição da morte do menino Henry Borel, de quatro anos, apontou 23 lesões por ‘ação violenta’ e descartou “a possibilidade de um acidente doméstico (queda)”. Entre as lesões apontadas pelos peritos estão: laceração no fígado, danos nos rins e hemorragia na cabeça. O menino era enteado do vereador do Rio de Janeiro (RJ), Jairo Souza Santos, conhecido como Dr. Jairinho, principal suspeito do crime. Henry morreu na madrugada de 8 de março. As informações foram divulgadas pelo G1.

“Apresentavam características condizentes com aquelas produzidas mediante ação violenta (homicídio)”, mostrou um trecho do laudo.

O laudo da morte do menino ainda apontou que as agressões aconteceram entre às 23h30 e 3h30. “É possível que Henry tenha sido agredido cada vez que ele ia reclamar”, afirmou Denise Gonçalves Rivera, perita criminal da Polícia Civil do RJ.

Prisões

Na última quinta-feira (08), o vereador Dr. Jairinho e a mãe de Henry, Monique Medeiros da Costa Almeida foram presos suspeitos de homicídio duplamente qualificado, tentativa de atrapalhar as investigações e ameaça às testemunhas.

O escritório de advocacia que defende o Dr. Jairinho e Monique alegou que os clientes “se encontram submetidos a manifesto constrangimento ilegal” e que não havia necessidade da prisão.

“A autoridade coatora [a juíza Elizabeth Machado Louro] está, nitidamente, justificando os arbitrários meios pelos deturpados fins, impulsionada pela tradicional voz das ruas, cujo coro insiste em ecoar pela história das civilizações, perseguindo os hereges de cada era”, escreveu a defesa.

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